quarta-feira, novembro 16, 2005

47 - TMARA 2

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A TMARA é um amor!
Prometeu, e já está a cumprir, mandar-me algumas portas que se cruzam no seu caminho.
É, também, uma excelente proposta para este despretencioso espaço.
Transcrevo, quase textualmente, as próprias palavras desta amiga:

"Mando-te esta porta que se tem andado a meter comigo.
Cada vez que por ela passo queixa-se, fala da tristeza em que se encontra...
Diz-me:
«Olha a tristeza em que me encontro.
Já fui altiva e bela (vês, o meu pé direito é, quase-quase o da casa), iluminava toda a entrada e os raios de sol rendilhavam-na.
Por mim entravam as pessoas felizes, alegres, cansadas...
Quando me abria para passarem via-as endireitarem-se respirando fundo, sentindo-se protegidas...
Deixaram-me, a mim e à casa, chegar a este estado miserável.
A casa por detrás de mim, era um ninho de paz e reforço de energia que sempre tratou bem os humanos.
Agora estes só pensam no lucro dos andares...
Não mostram respeito nem gratidão.
Deixam-nos ir desfalecendo à míngua, dolorosa e lentamente...
Fomos belas.
Agora só tu paras a olhar-nos e sentimos o calor do teu olhar por isso falamos contigo.»


Ternurento e belo texto, digo eu!

4 comentários:

O Pi@d@s disse...

O texto é giro, mas a porta... é fantástica!

Mamots disse...

Pronto te mandaré mi puerta.

Besos

PIEL DESNUDA (htt://mamots.blogia.com)

Menina Marota disse...

Sempre que passo por portas destas, fico triste! É um Património que se está a perder, que deixamos perder, ou porque a manutenção das casas seja muito cara, ou porque os seus proprietários morreram e os herdeiros não se entendem. Cresci entre portas assim, em casas antigas, brincava escondida em sótãos de sonho...
Hoje (com pena minha) vivo num enorme apartamento, onde guardo as minhas memórias, os meus móveis e aqueles pequenos objectos, que os jovens já não ligam.


LINDO o texto da TMara, até porque entrou fundo no meu coração.

"...Diz-me:
«Olha a tristeza em que me encontro.
Já fui altiva e bela (vês, o meu pé direito é, quase-quase o da casa), iluminava toda a entrada e os raios de sol rendilhavam-na.
Por mim entravam as pessoas felizes, alegres, cansadas...
Quando me abria para passarem via-as endireitarem-se respirando fundo, sentindo-se protegidas..."

É verdade. Senti isso em casa dos meus Pais, durante tantos anos, em que chegávamos de viagem e passávamos aquela grande Porta e, suspirava baixinho:
-" Que bom. Estou em casa!"

Um grande abraço à TMara e a ti Soportas, que me proporcionaste este momento, publicando este artigo.

Abraço as dois ;)

Poesia Portuguesa disse...

Assino as palavras da Menina Marota.

Belo texto o da TMara.

Abraço ;)